sábado, 1 de outubro de 2011

Rascunhos de um casamento sob as leis da gravidade


Isso de ter em mim todos os sonhos do mundo
Diz respeito também a ti

Quando o tomo em respeito a mim


Achar em modo de certeza - crer

Que não haveria melhor lugar

Se não ali
À beira de um rio Paraná
qualquer


Imaginar
Se aquela sorte de efeito

De uma lua crescente nas águas do rio

Devires aquáticos, lunáticos
Teria poder também sobre nossas águas
Internas correntes

(Ah!, os astros que se pode enxergar
Quando os planetários estão fechados…)


Errar…


Comer quatro refeições ao dia

Por distração
Não comer nenhuma
E estar só à base de chá
Não sós à base de chá

(Lavei a mesma peça de roupa duas vezes
Falava contigo e me distraí…)

Estamos a salvo
De não encontrar a maçaneta
Desprecisa distinção quando não serve a divertir

(Ah!, as maçanetas
Nossas maçanetas surdas, sinistras, canhotescas…)

Teus liceus, tuas calçadas,
Teus canteiros em órbitas tão discrepantes
Acaso terrível
Mas nossas plantas olham (e sorriem) para o mesmo Sol
Cuida de pô-las água
Desafoga
E isto pode deixar menor as gravidades
Nossas gravidades astrais

(O amor, este grande preconceito
Amar é desistir, duvidar e crer…)



Homenagem a Nicolau Copérnico,
"o homem que deteve o Sol e moveu a Terra".

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