Ela faz festa.
Um coco, um pé de sapato de couro e rosas, à Santa do Mar numa baía suja. Bobagem de beleza a ninguém representar. Minha vista suja de etnias e descredos é o através de onde se afixam as leituras no mosaico típico. Roubam-me as idéias e lá se vai o meu vigor ante o despir diabólico de um anjo belo. Ela também vê a sujeira e continua lisa, branca e doce radical. E o pé ferido vai para seu mosaico típico, diferente do meu. Ela é todas as meninas e todas as meninas seriam felizes com ela. Ela é menina. Nem sempre ondula feito elas, mas as guarda todas elas.
Um mundo de águas traz por terra as meninas do norte. E um país que eu e ela queremos costurar se parte em dialetos pobres. Ela não quer escrever e tem preguiça. Sem pudor e razão, teima. E ri-se. E volta. Bebe água no mundo de águas. Eu penso se ajudaria ser ela porque se ela guarda todas as meninas eu as entenderia melhor. Elas me confundiriam menos e talvez não fossem o que me parecem ser. Ela ganha poesias e mas não entende porque as outras meninas não as ganham. E ri-se.
No tempo em que os mendigos têm no olhar ainda mais convicção de sua dignidade, a cidade se contorce. E a gente, nós e toda a gente, mais nós do que a gente, passeamos. Mas ela não é melhor que as outras meninas e todas as meninas são meninas, são ela.
Ela é menina.
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